Uma semana antes da Páscoa estive no Rio de Janeiro.
O Edifício Central, na Av. Rio Branco possui quatro andares de lojas de informática e, passeando, encontrei um notebook que, em outras lojas (incluindo a FNAC da Barra) custava mais de R$ 4.500,00.
Nessa loja, ele estava 21,11 % mais barato em virtude de um pequeno arranhão de 0,5cm na moldura da tampa.
Comprei em 10x sem juros.
É um ASUS N73SV:
- QuadCore Intel i7-2670QM 2,20GHz 2ª Geração
- 8GB de RAM
- 2 HD de 500GB = Total 1TB
- 1 Porta USB 3.0 + 3 Portas USB 2.0
- Placa NVidia GeForce GT-540M 2GB
Ele tinha instalado o Rwin7 64Bits Pro.
Tinha...



Pelo que pude observar, alguns colegas tem perguntado a respeito de uma versão 64 Bits. Eu mesmo já usava o kernel-pae (Phisical Address Extension) para gerenciar os 4GB de RAM do Acer.
Considerando que:
- TODOS os processadores/placas-mãe, desde os últimos Pentium III até os atuais Dual-Core, Core-2-Duo e Quad-Core são 64 bits;
- que graças à Canonical, com sua recomendação para baixar a versão 32 bits, juntamente com a M$ e seu RWin, estão fazendo com que quase todos usem suas máquinas abaixo da capacidade ideal; e
- com o fim do Big -como Distro - se aproximando, resolvi ser audacioso.
Baixei o LMDE 64Bits 201109 e instalei. Particionei os HD da seguinte forma:
sda1 = 200GB, sda2 = 280GB sda3 = swap de 20GB e sdb1 = 500GB
Instalei o Mint Debian Edition 64 na sda1.
Coloquei todos os pacotes do Big 11.10 na sda2.
Transferi todos os arquivos pessoais do antigo Acer 7720 para a sdb1.
Instalei os pacotes plymouth, kdm e plasma-desktop, considerando os pacotes recomendados como dependências do repositório do Mint.
Reiniciei e fui instalando os pacotes do Big um a um, observando se os mesmos tinham algum problema e usando o Synaptic para resolver os poucos conflitos.
Removi o gdm3, deixando o kdm em seu lugar.
Reiniciei já no KDE 4.7.4 e fui instalando aquilo que o Mint não tem por padrão e o Big sim (Kate, Inkscape, alguns plugins do GIMP, etc.)
Após, editei manualmente diversos arquivos de configuração para que retratassem a real situação da máquina (kdm como gerenciador padrão, big-wave como tema do Plymouth, bigcontrolcenter-gtk-styles (agora abre o gtk-chtheme, já que o systemsettings do KDE é incompatível com as bibliotecas gtk3, etc.)
Por fim, instalei o metapacote UpdatePack4.
Resultado final:
Minha experiência prova, sim, que é possível:
- Criar o BigLinux Mint-Debian Edition 64Bits!!!
- Manter o BigLinux vivo e muito bem de saúde!!!
Um grande abraço a todos!!!
PS: Para verificar se a CPU do seu computador tem suporte a 64 Bits, abra o Terminal:
>$ grep flags /proc/cpuinfo
Vai aparecer um monte de palavras que determinam a capacidade da CPU. Procure por:
lm = significa Long mode cpu - 64 bit CPU
tm = significa Protected mode - 32-bit CPU
rm = significa Real Mode - 16 bit CPU